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A imigração...
segunda-feira, 13 de julho de 2009


Quando saltei do avião, ao invés de encontrar aquele clima europeu maravilhoso, me dei de cara com um sol que mais parecia um escândalo, um calor do cão, uma claridade horrível.

Tirei meu casaco e entrei no ônibus para ir até o terminal.

Sim pessoas, lembrem que eu estava em PORTUGAL, então eles fazem a pista de DESCOLAGEM bem longe do terminal de desembarque, só para você ter que pegar um ônibus divertidíssimo, onde os motoristas são kamikazes (é assim que escreve?), e vão numa velocidade absurda, te jogando de um lado para o outro sem a menor cerimônia... Um luxo!!!!!

Quando cheguei na imigração, percebi que estava com a minha blusa de mulher bacana gostosuda, mas logo pensei que na imigração, eu sendo brasileira, e tendo as brasileiras excelente fama na Europa, poderiam me confundir com uma garota de programa (1ª linha, claro), e me barrarem.

Coloquei o casado e fechei bem fechadinho.

Levando em consideração que eu estava esperando um clima europeu bem típico, o casaco era quente. Levando em consideração que estava um calor dos infernos lá, eu comecei a derreter dentro do casaco.

Levando em consideração que a fila da imigração é um luxo, principalmente se você vem do Brasil, eu fiquei HORAS esperando e agonizando lá...

Agonizando porque estava morrendo de calor e não podia tirar o casaco para que não pensassem que eu era uma garota de programa (eu JURO que a roupa não era tão piranhona assim, mas é que eu estava mesmo querendo ter certeza que não iam pensar absolutamente nada a respeito disso de mim) e, principalmente, porque eu estava na paranóia do raio do Schencoshenco...

Estava treinando tudo o que eu ia dizer, a cara de bonita e simpática, tentando arrumar todas as desculpas que eu conseguisse inventar para o caso de perguntarem sobre a droga da apólice do seguro viagem.

Estava em PÂNICO...

Olhei para as cabininhas... Tinham algumas opções de pessoas da imigração.

Uma cabine tinha uma mulher. Ela parecia ser simpática e tal, mas vai que chego eu lá, toda linda e gostosa, arrumada, maquiada e parecendo uma atriz de cinema, ela fica com inveja, implica com a minha cara e resolve me mandar de volta?

Tinha um outro com cara de gay... caía no mesmo problema da mulher....

Tinha um outro com cara de árabe tarado... ficava olhando com uma cara de safado para as mulheres e nem olhava o passaporte antes de carimbar.

É NESSE QUE EU TENHO QUE IR...

Enfim chegou a minha vez na cabininha...

Adivinhem quem eu peguei?

A mulher, claro...

Não podia querer trocar. Ia ser muito pior... E não agüentava mais ficar dentro daquela sala quente, sem ventilação, nem mais um segundo!

Fui sorrindo para a cabininha...

- Bom dia – disse a mulher simpática.
- Bom dia, tudo bem?
- Sim, passaporte por favor.

Entreguei meu passaporte sorrindo...

- Vai ficar aqui em Lisboa mesmo?
- Vou ficar por aqui uns dias, depois eu vou para Sesimbra. Vou ser madrinha em um casamento.
- Que coisa boa. Então você veio só para o casamento?
- Sim, aliás, vou aproveitar e vou na festa de Santo Antônio porque você sabe né? Tá feia a coisa...

Essa foi uma manobra muuuuito arriscada, mas eu nem pensei nisso na hora... Acho que nervosa eu tento dar uma de engraçadinha... Mas pelo menos ela começou a rir.

- Ah sim, então você tem que comer sardinhas.
- Sardinhas?
- Sim. Dizem que as mulheres que querem casar têm que comer sardinhas no dia de Santo Antônio.
- Ai... jura? Eu detesto sardinhas.
- Mas as nossas sardinhas são deliciosas. Você tem que experimentar.
- Bem, vou mesmo! Tudo pelo Santo Antônio.

Ela carimbou o meu passaporte, me desejou boa sorte e eu fui embora!

NÃO me perguntou onde eu ia ficar.

NÃO pediu documento registrado em cartório da minha irmã dizendo que se responsabilizava pela minha estadia.

NÃO pediu nada de porcaria de apólice de droga de seguro de viagem de meleca nenhuma de porra de Tratado de Schencoshenco...

Fiquei tão orgulhosa de mim mesma por não ter caído na historinha terrorista do cara dos infernos da TAP que queria me vender um seguro de 148 euros....

Juro que senti como se eu estivesse honrando a imagem das loiras inteligentes do planeta...

Fui andando para o portão de saída feliz da vida pensando nisso quando, do nada, um guardinha me pergunta:

- A Sra. ta vindo de onde?
- Do Brasil.
- Por favor, se dirija àquela sala para que o oficial possa fazer uma revista na sua bagagem...

Já tinha quase me esquecido que os Deuses estavam de complô contra mim...

Fiquei extremamente irritada, até porque eu tinha feito a mala com todo carinho... a mala estava embalada naquele plástico protetor, com cadeado. Ou seja, eu ia ter que rasgar o plástico, achar a chave do cadeado na minha bolsa gigante, abrir a mala para que o tal oficial fizesse a maior bagunça em tudo.

Não tive dúvidas...

Tirei o casaco (viu como a blusa de bacana gostosuda serviu para alguma coisa?), dei um sorrisinho, e pedi para ele rasgar o plástico enquanto eu achava a chave do cadeado.

Nisso fui puxando conversa, ele foi ficando simpático e eu abri a mala.

Antes que ele pudesse olhar o que tinha dentro (e não tinha nada de ilícito não), eu falei.

- Olha, você até pode revistar a mala, mas faz favor de não fazer bagunça e nem tirar tudo de dentro para entulhar de novo não, que eu tive o maior trabalhão para arrumar.

Ele olhou para mim com uma cara de quem não estava acreditando que eu tinha realmente dito aquilo.

- É sim, juro que eu tive o maior trabalho. A mala ta quase vazia, não tem nem 20 kgs, não entendi o motivo de querer revistar, mas tudo bem. Revista, mas por favor, não bagunça...

Continuou me olhando...

- Eu to falando isso porque na imigração no Brasil, quando pedem para você abrir a mala é um inferno. Bagunçam tudo e depois para fechar é um saco. Eles não são tão educados quanto vocês aqui na Europa, sabe? É um bando de vândalos... (eu nunca tive a minha mala revistada em nenhum lugar do mundo, nem mesmo aqui no Brasil, nem mesmo quando eu voltei da Disney com umas 3 malas lotadas... mas eu tinha que falar alguma coisa).
- É mesmo? – ele me perguntou.
- Pois é... depois não querem que os turistas fiquem com uma impressão ruim do país...
- Verdade.
- É uma falta de educação.
- É mesmo. Mas a senhora pode ir. Boa estadia.

Fui em diração à saída e nem acreditei quando vi que estava, enfim, em Lisboa. Sem ter sido mandada embora por causa do raio do Schencoschenco, sem ter apanhado do oficial da revista nem nada. Estava lá inteirinha.

Quando eu vi a minha irmã parada me esperando, dei um abraço nela de alívio...
Tinha dado tudo certo e eu estava em Portugal!!!!!

Que venha o Santo Antônio!!!!!!!!!

Bjs da Lola.

Corra Lola, Corra! às 18:10

1 Comentários:

  • Lola, sua saga foi infernal, pá ! Mas você ficou preocupada sem razão. Até hoje os portugueses não sabem direito o que é turismo. Contudo, quando você for á Espanha, tome cuidado, porque os espanhóis ainda não aprenderam a ser do tipo homo sapiens. São , ainda, mouros, tem aquelas coisas de árabes, imaginam que Roma irá atacá0los amanhã, e alguns até vão buscar maconha na fronteira com o Marrocos, para evitarem a dura realidade de morarem em meio país, pois até hoje não possuem um país inteiro. Cuidado, portanto. Melhor ir vestida de freira !Boa sorte!

    Por Anonymous Anônimo, Às 15 de julho de 2009 às 15:50  

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