Com o passar do tempo e da modernidade, foram surgindo outras formas de alimentar esse meu lado romântico e sonhador.
Muitos filmes lindos, séries de TV, novelas, etc... Consumir esse tipo de conteúdo ficou muito mais fácil e acessível para quem não gosta de ler ou apenas não tem muito tempo para sentar e ficar algumas horas se entretendo com um bom livro.
Sempre fui uma consumidora fervorosa desse tipo de conteúdo. Já que não encontrava o amor da minha vida, pelo menos eu me divertia e me emocionava enquanto assistia a pessoas que não existem no mundo real encontrando os delas!
Mesmo antes da pandemia eu já trabalhava em casa e, para a minha alegria o meu trabalho permite que eu assista TV enquanto vou produzindo. Assim eu comecei a minha peregrinação por séries no Netflix, HBO, Globoplay, etc...
A verdade é que eu não aguentava mais ficar ouvindo notícias do mundo real onde tanta gente estava morrendo, um novo vírus mortal circulando, isolamento social, afastamento das pessoas, fechamento do comércio, etc. Então passei a assistir ao noticiário uma vez por dia (para não ficar alienada da realidade) e a usar o restante do tempo para colocar em dia as séries novas e, ocasionalmente, rever as antigas.
Ninguém vive só de romance, então acabei variando muito os estilos das séries. Assisti de “The walking dead” a “Sex and the city”. Algumas com temas políticos, suspense, policial, mas sempre que estava me sentindo meio mal ou com a energia mais pesada, queria uma coisa leve, fácil de assistir, alegre. E nisso estavam incluídas as famosas comédias românticas.
Nesses 42 anos de vida eu vi muitas das minhas amigas casando, tendo filhos, sendo muito felizes ao lado do marido, até que eu descobria que na verdade elas eram infelizes... Umas mentiam para elas mesmas e mantém o casamento até hoje, outras se divorciaram, mas poucas, pouquíssimas continuam solteiras como eu.
Uma das grandes questões que eu sempre tive (além da clássica: o que tem de errado comigo) é: “aonde raios elas encontram tanto homem por aí querendo compromisso, gente?”.
Mas eu sempre tive bom humor, sempre fui honesta com os meus sentimentos e sempre abracei essa minha “falta de sorte no amor” da melhor forma possível e adorava escrever as minhas aventuras e desventuras para divertir as amigas.
A verdade é que eu sempre achei que EU fosse o problema. Ok... eu sei que eu faço parte dele, mas não sou ele inteiro.
Mas o pior é a sensação de que aquelas coisas só aconteciam comigo, com mais ninguém... Que eu atraía gente louca (e ainda há um real debate sobre isso), que tinha o dedo podre (coisa que eu ouvia sempre das minhas amigas) ou que tinha um padrão de repetição de comportamento (que eu sempre ouvi da minha analista).
Só comigo as coisas dão errado, só comigo esse tipo de coisa acontece, somente eu passo por essas situações e só eu que fico sofrendo meses, anos, por pessoas que nem lembram mais meu nome...
Porque com as outras mulheres, pelo menos as que eu conheço, esse tipo de coisa aconteceu uma ou duas vezes, elas se “ajeitaram” e acabaram encontrando o amor da vida delas e estão por aí vivendo plenas... (ahan, Cláudia...)
Isso na minha cabeça.
NA
MINHA
CABEÇA...
Mas aonde raios “Sex and the city” se encaixa nisso tudo? Porque eu já falei um monte e nada de falar da série...
Quem me conhece SABE que eu não tenho poder de síntese... então vou ter que explicar isso para vocês num próximo post...