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Daiane e Allan
quarta-feira, 6 de maio de 2009


 

Então, quando achávamos que a noite já tinha acabado e nos dirigíamos para nossas camas, eis que eu escuto uns gritos vindos da praia.

 

A princípio pensei que fosse um grupo de adolescentes em alguma brincadeirinha besta de acordar os velhos que tentavam dormir às 3 da manhã, mas quando abri a janela do apartamento vi uma cena, no mínimo, estranha.

 

Havia sim um grupo reunido na praia, mas não eram adolescentes, eram adultos e pescadores, provavelmente tentando conseguir o dinheiro do dia seguinte. Um pouco mais a frente eu consegui ver no mar uma pequena criatura – a tal que gritava.

 

Demorei alguns segundos até consegui entender o que se passava realmente... A cena era ridícula.

Imaginem uma menina, com cara de novinha (e voz também, pois àquela distância eu só conseguia mesmo escutar os gritos), sentada no comecinho da arrebentação, com as pernas esticadas para frente, de calça jeans, blusinha e sapatos...

Ela gritava e jogava areia para o mar, enquanto as ondas iam batendo pela sua cintura e ela gritava às vezes Ahhhhhhhhh, e às vezes Merdaaaaaaaa.....

Achei que o tal grupo de pescadores não tivesse com ela, pois se estivessem mesmo, alguém já teria arrancado a histérica dali para que ela não se afogasse...

Comecei a olhar bem a cena e vi que havia um menino, igualmente com cara de novinho, sentado em um banco próximo, com uma camisa vermelha e a cabeça baixa.

- Hum... acho que eles devem estar juntos, ele fez alguma besteira e ela ta se desesperando sozinha lá. Zêbada com certeza...

(Estava narrando os fatos para o pessoal do apartamento, pois todos já tinham escutado os gritos e somente a dona Fifi aqui que teve coragem de abrir a janela).

Só que eu dei um mole de virar de costas para falar com o marido da minha amiga e, quando eu voltei para a minha posição de vigilante a menina tinha sumido...

 

Fechei a janela, subi e deitei na cama, triste, porque queria saber se ela tinha, enfim, se afogado, ou se tinha desistido de gritar e ido para casa tomar um Rivotril.

Não se passaram nem 5 minutos e os gritos voltaram... Pulei da cama, e fui direto para a janela...

Como os gritos estavam mais altos, logo pensei que ela estivesse mais perto. E estava!!!!

Bem em frente à janela estava a louca gritando desesperadamente, já na areia, uma mulher loira que gritava junto com ela, e o tal menino da camisa vermelha em pé e parado feito uma árvore.

Foi a parte mais interessante...

Vou colocar coloridinho para ninguém se perder, pois a mulher falava e eu narrava....

Eu / Mulher

 

- O que você está querendo com isso Daiane?

- O nome dela é Daiane gente!

- Você acha o que? Que o seu namorado não te ama? Ele te ama sim, se não te amasse o Allan teria te largado aqui...

- Gente é briga de namorado, o nome dele é Allan e a Daiane acha que ele não a ama.

- Você só tem 19 anos, você não sabe o que é sofrer minha filha...

- A loira é a mãe da Daiane, que tem 19 anos e que não sabe o que é sofrer.

- Você não sabe quanta gente você faz sofrer por sua causa assim. Você quer se matar?

- Gente, ela quer mesmo se matar!

- Você está seminua, numa noite fria, sem estrelas, olha p céu! Está frio e você vai ficar doente.

- Ah... ela descobriu que está frio porque a noite está sem o céu estrelado.

(Gênia)

Nesse momento ela pediu para o coitado do Allan tirar a blusa vermelha que ele estava usando, porque a Daiane estava com muito frio e já tinha tirado a própria blusa para ficar desfilando de sutiã...

O Allan obedeceu a sogra e tirou a camisa.

Foi então que a louca começou a gritar novamente e a mãe soltou:

- Você quer se matar? Quer ir pro mar? Então vai! Se mata...

A louca começou a andar em direção ao mar...

- Vai e não volta!!!!!

E ela foi mesmo... no começo andou lentamente, meio que pensando se ela ia ter mesmo coragem de voltar para o mar, depois que a mãe gritou mais ela começou a correr. A mãe desesperada correndo atrás...

O pobre Allan estava com tanto frio que ficou paradinho onde ele estava desde o momento em que resolveu tirar a blusa para dar para a Daiane. Certamente estava pensando na besteira que fez em tirar a blusinha seca dele para que ela molhasse de novo... Coitado.

Só sei que a minha narração devia estar extremamente interessante, pois quando eu olhei para trás estavam as minhas duas amigas e o marido de uma delas puxando a cadeirinha e disputando um lugar em frente à janela.

A mãe até que tentou tirar a Daiane da água de novo, mas acho que dessa vez quem ficou com frio por causa da noite escura e sem estrelas foi ela, que desistiu e voltou meio que bufando para casa.

Sim... ela largou a filha suicida lá...

Aí vocês devem estar pensando que quando a mãe desistiu, o Allan deve ter ido na água pegar a Daiane né?

 

Que nada... continuou lá. Devia estar se divertindo tanto quanto a gente...

 

Aí, não satisfeita com os gritos, a areia que ela continuava a jogar no mar, ela começou a tirar a roupa. SIM PESSOAS... tirar a roupa.

Primeiro ela tirou a camiseta do Allan, mas fez isso antes de entrar na água, até porque ela é louca mas devia saber que quando acabasse o surto ela ia mesmo precisar de uma camisa sequinha para ir embora.

Depois ela tirou o sutiã... que no mínimo atrapalhava a mobilidade dela. No fim ela resolveu tirar a calça jeans...

Estávamos olhando pela janela tudinho e tentando entender o que raios teria dado início à briga....

Tudo bem que a gente já sabia que ela pensava que o namorado dela não a amava, mas por que ela teve essa impressão!?!

Como nenhuma das muitas pessoas que estavam na orla assistindo a cena fazia nada, nós começamos a tentar encontrar uma forma de ajudar.

- Gente, eu acho que eu vou lá tirar essa louca da água para poder dormir.

- Eu tenho Rivotril aqui. Amiga, vai lá e dá para ela?

- De quanto?

- De meio.

- Ai... ela precisa pelo menos de 2mg... Como é que eu vou conseguir enfiar quatro comprimidos na boca dessa criatura?

- Fácil... seu marido segura os braços, eu fecho o nariz e você enfia pela boca!

 

Antes que pudéssemos começar a trocar de roupa, pegar o remédio e sair do apartamento, e gritaria começou de novo, mas dessa vez ela falava coisas diferentes do tipo:

- Que se dane o Brasil / Esse país de merda / Isso aqui é uma bagunça / O Brasil é que se fod... / Bando de ladrãaaaaaaaao....

 

Claro que a minha cabeça começou a trabalhar com as novas informações:

 

- Gente, eu acho que eu já descobri o motivo da briga!!!!!

Todos olharam para mim.

 

- Foi o seguinte: Ela ia viajar para o exterior com o Allan, mas aí ele resolveu que queria ir sem ela, por isso que ela acha que ele não a ama e por isso que ela ta com raiva do Brasil!!!!!

 

ESSAS COISAS NÃO ACONTECEM SÓ COMIGO – OBAAAAAAAAAAAA

 

Me lembro de uma das minhas amigas ter dito que EU estava precisando de um Rivotril...

 

Só sei que depois que eu descobri toda a verdadeira história da Daiane e do Allan (na minha cabeça, claro), EU comecei a gritar dentro do apartamento:

 

- Daianeeee, esperaaaaaaa... eu também quero morrer!!!!! Meu namorado também não me ama e me abandonou para ir sozinho para o exterior!!!! Que o Brasil se explodaaaaaaaaaaaa...... Vamooooooooooooooooooooooossssssssssss!!!!!!!

 

Essa parte até poderia ter sido uma coisa que eu pensei em dizer, ou achei que gritei, para não passar muita vergonha. Mas sim pessoas, eu gritei isso de verdade... e com vontade!!!!

Tanto que o povo que assistia a tudo no calçadão virou na mesma hora para ver quem era a outra louca que gritava palavras de incentivo à Daiane....

Alguém fechou as cortinas assim que eu terminei o meu desabafo (acho que estava mesmo precisando gritar para o mundo o que acontecia comigo, colocar para fora, sabe?) para que ninguém visse quem foi...

Caímos na gargalhada todos juntos com a cortina fechada, mas logo abrimos de novo para ver o final da história...

O Allan foi buscar a Daiane, trouxe a menina PELADA para a areia, colocou a blusa nela, discutiram mais um pouco e saíram DE MÃOS DADAS CAMINHANDO FELIZES PELO CALÇADÃO....

 

Depois eu que sou maluca!

 

Aff...

 

Será que ele a pediu em casamento e disse que a levaria até para o fim do mundo se fossem para ficarem juntos para sempre?

 

Beijos da Lola


Corra Lola, Corra! às 15:17

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